Este livro analisa o lugar da infância na literatura de Bartolomeu Campos de Queirós, considerando o seu potencial (de)formativo e a possibilidade de uma concepção de infância a partir de algumas obras selecionadas. À luz da teoria crítica frankfurtiana e da psicanálise, em especial Theodor Adorno, Max Horkheimer, Walter Benjamin e Sigmund Freud, entre outros estudiosos, a obra reflete sobre uma formação cultural diferenciada que versa sobre a possibilidade da experiência de resistência contrária às formas ideológicas da cultura. Busca também contemplar a infância em distintos aspectos, entre a expropriação social de seu sentido, na exigência da prática capitalista de sua renúncia, e a experiência necessária à formação da consciência por meio da imaginação e da literatura. A escolha das obras literárias é norteada pela leitura crítica, seus valores estéticos que, tomados como matéria para análise de conteúdo, proporciona reflexões, sobretudo, acerca da literatura que retorna à infância e sua relação com a memória. Nesse sentido, destacam-se as obras “Vermelho amargo”, “Por parte de pai”, “A árvore”, “Menino inteiro” e “Ler, escrever e fazer conta de cabeça”, que convidam leitores adultos a evocar experiências que caem no esquecimento como parte do processo de formação cultural.

 

Dados técnicos

 

Autora: Márcia Ferreira Torres Pereira

Encadernação: brochura

Formato: 16 x 23 x 1,7 cm

Número de páginas: 336

Idioma: português

Edição: 1ª Edição

ISBN: 9786587804132